Com doze dias de greve dos professores de escolas públicas do Distrito Federal completados neste domingo (26), o governo do Distrito Federal entrou na Justiça contra a paralisação. Na ação, o GDF pede que seja decretada a ilegalidade do movimento.
A diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) informou que ainda não recebeu a notificação. No entanto, ela disse que espera que a Justiça não acate a solicitação do Executivo. “Quem está em desacordo com a lei é o governador e não os trabalhadores”, apontou.
Segundo o Sinpro, 50% da categoria aderiu à greve. A Secretaria de Educação ainda não têm informações sobre o impacto da paralisação. A pasta explicou que o levantamento “ainda não está pronto, porque não foi concluído”.
Na semana passada, a secretaria publicou uma portaria solicitando aos diretores das escolas o envio de memorandos e e-mails diários com o nome e a matrícula de professores substitutos que aderirem à paralisação. O governo também decidiu cortar o ponto de todos os servidores públicos que participarem de assembleias sindicais em horário de trabalho.
O DF tem, ao todo, 667 escolas públicas. Além das greves dos professores e servidores de limpeza, 87 destas unidades – que não tinham caixas d’água ou estavam com problemas na rede hidráulica – também tiveram o início do ano letivo conturbado por causa da crise hídrica.
Pagamentos atrasados
A paralisação dos professores começou no último dia 15. A categoria reivindica o pagamento da quarta parcela do reajuste salarial, prometida pelo governo Agnelo, que deveria ter sido paga em outubro do ano passado.
Em assembleia na terça-feira (21), a categoria decidiu continuar a greve. Segundo o sindicato, dos 30 mil docentes, 10 mil participaram da reunião que aprovou a continuidade da mobilização. O GDF diz que não tem condições financeiras de arcar com o reajuste reivindicado pelos professores.
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